segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

das estratégias lírico-analisantes na autodefesa do trabalhador comum


Em reportagem do jornal hoje, da nossa inestimável rede globo, motorista é pego alcoolizado e admite o uso:

"Tomei úma e to ino pra casa, ué."
900 pila de multa.

Pois bem, introduzido o tema da biritinha pré-sono, chega de rodeios.

Todo homem de bem, temente a deus e suportador do peso da economia merece um leve entorpecimento antes da sua confortável e merecida sonequinha.

Mas, muitas vezes, esta leve fuga pode ser arruinada por cidadãos odiosos. Eles besuntam um pouco de confiança nos cabelos e maçãzinhas do rosto e resolvem discutir assuntos sérios e relevantes em momentos que deviam ser ocupados pelo mais reluzente papo-furado.

Gurus da nova era, anarquistas impenitentes, impiedosos cientistas.
Sabem tanto sobre tantas coisas que você se pergunta como eles arrumaram tempo pra ir ao bar. Deve ser o tempo que eles economizam sendo parasitas sociais de suas mamães.

Portadores da palavra, esses homens passam os dias a propagá-la, semeando a sabedoria pelos caminhos honrosos que constróem a medida que passam. Seus humores são tão mordazes que causam calafrios, capim morre quando sente seus hálitos.

Pra se livrar destes peculiares, utilize-se de nosso novo método de auto-defesa contra poetas desocupados e analistas políticos de mercearia: quando ele rubricar aquela verdade absoluta que só sua categoria sabe proferir tão bem, peça um exemplo que prove a teoria.

E, quando ele der o exemplo já pré-concebido antes desta conversa, fruto de seu paranormal senso de antecipação (afinal, isto é um debate), espere ele falar. E então agarre-o pelas bolas:

"Me dê outro."

90% destes péla-sacos nunca mais lhe darão bom dia, meu amigo.
Imagine este prazer.

os outros dez por cento? terão outro exemplo. e alguns deles beberão com você, pro resto da vida.


de nada.

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