quarta-feira, 29 de junho de 2011

Comentário otário do noticiário

- E o Palloci, hein? Comédia rodou. De novo. O certo é que a mulherada agora tá comandando. A presidenta Dilma e a Ministra Gleizi.(é assim mesmo que escreve?)

- E o deputado democrata Taradão Virtual. Ele se arrependeu de não comer ninguém. Ah! Me poupe.

- Aumento real de 100% do salário mínimo. Isso é a boa notícia. A ruim é que ele continua sendo o máximo a que podem chegar alguns trabalhadores.

- "O mundo árabe está lutando politicamente por participação política". E tem outro jeito?

- Envie uma sms para o número 49qualquercoisa para resolver o que quer que seja em sua vida.

- Até os poliça tão contrabandeando cigarrrin do Paraguay.

- Hot Pocket: quem se vira se dá bem. Vira e toma essa piaba no cú, então, Mané!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Transe taragicomicu

Oi. To querendo te comer de novo.
E você acha que eu sou fácil assim?
Pelo menos daquela vez foi.
Mas não vai ser mais não.
Por quê?
Porque aquele dia eu estava louca.
Por mim?
Não! Eu estava bêbada.
Eu sei. É tudo tão mais legal quando estamos bêbados, não é?
O pior que é.
Mas você naquele dia não estava louca por mim, mas e agora?
Agora?...não.
Mas se eu te chamar pra tomar uma, você vai?
Hum... vou.
Então ta beleza!

Papo vai, papo vem. A história se repete duas vezes. Uma como tragédia, outra como farça. Assim como uns vêem o mundo como tragédia ou como comédia...

Rolar rolou.

sábado, 2 de abril de 2011

O político

baseado em um pedaço do filme 'Sai da frente', estrelado por Mazzaroppi.

– Olha aqui duzentos cruzeiros, só pelo trabalho de recarregar – disse o motorista imprudente.

– Não, senhor! Isto é um absurdo – e apontava para as notas em sua mão – não se indeniza um pobre trabalhador do volante com uma migalha como esta.
Foi aí que o político se introduziu na pendenga entre um trabalhador do volante e outro motorista que lhe bateu pelo lado derrubando a mobília que transportava.

E começou o discurso:
“Meus senhores!, meus irmãos!, meus amigos!, meus filhos!, trabalhadores!, todos são iguais perante a lei! (aplausos)

Olhai para esse quadro, para essa afronta, para essa agressão!
Compatriotas da pátria comum, eu também sou do pesado e me fiz por si mesmo! (aplausos)

E digo mais!:Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil. (aplausos)

A saúva está lá e essa uva está aqui. (e apontando para uma bela moça recebia mais aplausos) Eu também faço meus trocadilhos.

O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever e eu espero que esse compatriota cumpra o seu dever pagando este operário do volante.

Porque quem não paga aqui, paga lá. Quem não paga lá, paga cá. Quem não paga lá, nem cá; paga cá e lá. (aplausos)

E eu quero terminar auspiciando uma era de trabalho fecundo, de conquistas para a civilização, agora e na hora da nossa morte.’

E dirigindo-se ao infrator:
– Em resumo, senhor tem que entrar com o capital: Mil Cruzeiros de indenização. Eu conheço a sua situação pecuária.
– Tá bom – concordou o pobre.

E pegando o dinheiro foi logo enfiando quinhentos mangos no bolso e dando os outros quinhentos para o trabalhador.

Como lhe olhavam estranho, defendeu-se:
– O que você está olhando? Você só ia receber duzentos, eu te arrumei mais trezentos... E voltou ao discurso:

‘Meus senhores, aproveito a oportunidade – a pedido insistente de amigos meus – para pedir o seu voto.

Porque ruim por ruim, vote em mim. (aplausos)

E agora vamos ajudar este pobre trabalhador a carregar o caminhão.”

E foram todos ajudar o trabalhador do volante.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Jota de Vainfas, navegador e exorcista viking

Direto do folhetim Atemporalis, da Cocanha, a seção 'Personagens Perdidos na HIstória'

A incrível história de Jota de Vainfas, navegador e exorcista viking


Jota de Vainfas foi um navegador e exorcista viking. Segundo consta a lenda, viajou sozinho em uma caravela para o novo mundo. Como de dia ficava muito atarefado, dedicava as noites à caça de tubarões. Dizem que comia um tubarão por dia. Em 1532, aportou na América portuguesa, capitania de São Vicente.

Ao chegar, encontrou outros que como ele buscavam uma virada em suas vidas. Em sua maioria eram mercenários em busca do Eldorado. Logo ele se inscreveu em uma bandeira. Seu objetivo era exorcizar os seres da floresta.

Depois de muito percorrer, eles enfim se encontraram com outros humanos: a tribo dos Uanaxota. Nesse momento, uma grande coincidência acabou por moldar a história. Os uanaxotas acreditavam que o salvador seria um homem barrigudo, cabeludo e que viria usando um chapéu de touro. Definitivamente, este era Jota de Vainfas. Facilitou essa assimilação o fato de J. de Vainfas ser um alcoólatra inveterado e, por isso, ter trazido do velho continente uma tonel de 500 litros de vinho do bom, além de uma parreira de uvas. Ora, mas por que facilitou? Facilitou porque a lenda do messias salvador dizia ainda que ele traria o líquido sagrado que deixaria todos felizes. No primeiro dia, já rolou uma grande festa e a galera acabou tomando um porre daqueles acabando com o tonel.

Jota de Vainfas foi convencido por estes sinais de que ele era realmente o messias. Comeu os seus companheiros à moda trácia e tornou-se o pajé supremo.

Mas o tempo foi passando e Jota de Vainfas, viking desbravador que era, começou a achar aquilo ali muito parado. Um certo dia, Jota teve um delírio gerado pela ingestão absurda do líquido sagrado. Nesse transe, ele se conectou a uma entidade que lhe revelou o modo exato de produzir o líquido sagrado. A parreira que trouxera já estava dando frutos e ele decidiu colocar a indiarada toda para produzir vinho. Jota de Vainfas alegava que era para a alegria do Senhor, mas na verdade ele havia desenvolvido um complexo sistema mercantil que escoava toda a produção para toda Eurásia. Foi dessa forma que Jota de Vainfas entrou para a história tornando-se o primeiro capitalista genuinamente brasileiro.
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